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A prática de exercício físico e o mesmo plano alimentar beneficiam a todos de forma igual?




Fatores ambientais, tais como o estilo de vida e o padrão de alimentação determinam como genes protetores à saúde humana são ligados ou desligados. A prática de exercício físico consegue orquestar o ideal funcionamento dos nossos distintos#epigenomas. Sem alterar o código genético de base, o epigenoma reage aos fatores de nosso meio ambiente em todas as fases da nossa vida, interagindo com o DNA e mudando a forma como alguns genes são expressados. O que significa isto? Por exemplo, foi publicado na Cell metabolism [1] que o exercício pode retardar o aparecimento de diabetes mellitus tipo 2 por aumentar a expressão de genes envolvidos na oxidação do músculo e na regulação da glicose. Os resultados sugeriram que a metilação do DNA representa um mecanismo epigenético essencial para explicar como o exercício protege o organismo humano do risco de doenças metabólicas, como diabetes, obesidade e cancro. Mostraram ainda que alterações epigenéticas protetoras podem ocorrer dentro de apenas algumas horas de exercício. Obviamente esta afirmação apesar de relevante deve ser ponderada individual e populacionalmente. E a pergunta essencial: a prática de exercício físico beneficia todos os indivíduos? Sabemos, por exemplo, que os resultados desejados com a prática de exercício físico deve estar sempre associada a um padrão de alimentação que atenda as necessidades nutricionais de cada indivíduo. Mas acrescenta-se ainda que a dupla “prática de exercícios + alimentação” devem atender às necessidades do nosso genoma! Isto quer dizer que cada um de nós precisamos de um plano direcionado e personalizado. Por exemplo, muitos praticantes de musculação procuram a suplementação proteica. Mas tal conduta pode beneficiar alguns, não resultar em outros, ou até mesmo levar a complicações de saúde a curto e longo prazo. Isto pode ser parcialmente explicado porque podemos apresentar variantes genéticas que aumentam ou reduzem a atividade de proteínas com atividades protetoras ou não ao ganho de massa muscular magra, por exemplo [2]. E que concomitantemente podem estar direta ou indiretamente envolvidas com os distintos efeitos metabólicos promovidos pelo exercício físico sobre o ideal funcionamento do nosso organismo. Neste sentido, as intervenções de exercício personalizadas com base no genótipo prometem complementam as recomendações gerais de exercício físico existentes ampliando a efetividade das políticas de saúde pública que pretendem tratar defeitos moleculares presentes em doenças crónicas relacionadas com estilo de vida. É promissor pensar que Nutricionistas , Dietistas e#educadoresfísicos podem hoje combinar estratégias de intervenção nutricional e prescrição de treinos de forma #personalizada, ou seja, que atendam as necessidades nutrigenéticas e epigenómicas nutricionais de cada indivíduo. Equipa NutriGenome

Referências: [1] Barrès R et al Acute exercise remodels promoter methylation in human skeletal muscle. Cell Metab. 15(3):405-11, 2012. [2] Terruzzi et al. Genetic polymorphisms of the enzymes involved in DNA methylation and synthesis in elite athletes. Physiol Genomics. 2011 Aug 24;43(16):965-73.


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